SAIBA MAIS SOBRE MG


Minas Gerais

Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a quarta maior em extensão territorial — que é de 586.528 km², superior à da França — e a segunda em população. Localizado na Região Sudeste do Brasil e limitado ao sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a noroeste com Goiás, incluindo uma pequena divisa com o Distrito Federal, a leste com o Espírito Santo, a sudeste com o Rio de Janeiro e a norte e nordeste com a Bahia. O atual governador do estado é Antônio Anastasia. Linguisticamente, o nome Minas Gerais dentro de frases não é acompanhado de artigo definido, como acontece com os estados de Goiás, de Roraima e de Mato Grosso do Sul.
O estado é o segundo mais populoso do Brasil, com quase 20 milhões de habitantes.[6] Sua capital e maior cidade, Belo Horizonte, reúne em sua região metropolitana cerca de 5,5 milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração urbana do Brasil.
Minas Gerais possui o terceiro maior Produto Interno Bruto do Brasil, superado apenas pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, embora em um importante indicador de capacidade econômica, a arrecadação de ICMS, Minas supere Rio de Janeiro na classificação nacional.
Também é muito importante sob o aspecto histórico: cidades erguidas durante o ciclo do ouro no século XVIII consolidaram a colonização do interior do país e estão espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira, a Revolução de 1930, o Golpe Militar de 1964 e a campanha pela abertura política em meados da década de 1980 mais conhecida como Diretas Já, foram arquitetados em Minas Gerais.

Geografia

Relevo, clima e vegetação

O estado de Minas Gerais está localizado entre os paralelos de 14º13'58' ' e 22º54'00' ' de latitude sul e os meridianos de 39º51'32' ' e 51º02'35' ' a oeste de Greenwich. As terras mineiras estão situadas num planalto cuja altitude varia de 100 a 1500 metros, possuindo um território inteiramente planáltico, não apresentando planícies. Mais da metade do estado localiza-se no Planalto Atlântico, com relevos de "mares de morros", enquanto que, na sua porção noroeste, o estado apresenta os platôs do Planalto Central.
As maiores altitudes estão nas serras da Mantiqueira, do Espinhaço, da Canastra e do Caparaó, nas quais há terrenos localizados acima dos 1700 metros. O ponto culminante do estado é o Pico da Bandeira, com 2.891,9 metros de altitude, situado na divisa com o estado do Espírito Santo. A mais baixa altitude do estado está na cidade de Aimorés, leste de Minas, situada a 76 metros do nível do mar, sendo esta também considerada a cidade mais quente, com temperaturas perto da casa dos 40°C.
Os climas predominantes em Minas são o Tropical e o Tropical de Altitude. As regiões mais altas e o sul do estado apresentam as temperaturas mais baixas, chegando a atingir marcações próximas de 0°C. Nas regiões sul, sudeste, leste e central do estado são registrados os maiores índices pluviométricos. Em outro extremo, nas porções norte e nordeste, as chuvas escassas e as altas temperaturas tornam essas regiões muito suscetíveis à seca.
Originalmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais era constituída por quatro biomas principais: Cerrado, Mata Atlântica, Campos rupestres e a Mata seca. O Cerrado ocupava praticamente metade do território do estado, ocorrendo nas regiões central, oeste, noroeste e norte. A segunda maior área de cobertura era representada pela Mata Atlântica, nas porções sul, sudeste, central e leste mineiras, tendo sido severamente desmatada e atualmente reduzida a pequenas áreas.
§  O município de Camanducaia possui um dos distritos mais altos do Brasil, a chamada vila Monte Verde, com seus 1554 metros de altitude, onde também é o logradouro do aeroporto mais alto do país com 1560 metros de altitude.
§  O município de Virgínia possui um dos povoados mais altos do estado: a vila do Morangal, com 1515 metros de altitude, com uma paisagem exuberante no meio da Serra da Mantiqueira.

Regiões hidrográficas

Minas Gerais abriga em seu território as nascentes de importantes rios brasileiros. O território do estado está inserido nas seguintes regiões hidrográficas brasileiras: São Francisco, Paraná, Atlântico Lestee Atlântico Sudeste. O estado encontra-se com 9,84% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[14]
O rio São Francisco é o principal rio de Minas Gerais e um dos mais importantes do Brasil. Nasce na Serra da Canastra e drena quase metade da área do estado, incluindo as regiões central, oeste, noroeste e norte.
A porção de Minas Gerais inserida na região hidrográfica do Paraná é a responsável pela maior parte da energia elétrica gerada no estado através de usinas hidrelétricas. O rio Grande e o rio Paranaíba, formadores do rio Paraná, nascem em Minas Gerais, e suas áreas de drenagem abrangem as regiões oeste e sul do estado.
Na bacia do Rio Grande, no sul do estado, se formou o Lago de Furnas, também conhecido como mar de Minas devido a sua extensão. Cidades às margens do lago como Boa Esperança guardam muitas historias e é um local de raríssima beleza. Além do lago, há inúmeras cachoeiras como a do Paredão na cidade de Guapé.
Outras importantes bacias hidrográficas de Minas Gerais são as dos rios Doce, Paraíba do Sul, Jequitinhonha e Mucuri.

Sítios paleontológicos

Na região do Triângulo Mineiro localizam-se dois importantes sítios paleontológicos nos municípios de Prata, e Uberaba (distrito de Peirópolis). No município de Prata, foram descobertos fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de oitenta milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de quarenta quilômetros daquela localidade, cujo nome científico foi denominado de Maxakalisaurus topai, e após votação popular passou a ser chamado de Dinoprata, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de treze metros de comprimento, está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006, quando foi apresentada à comunidade científica do Brasil e do Mundo, pelo líder das pesquisas, o professor e paleontólogo Alexander Kellner.[15]

Demografia

Minas Gerais é o segundo estado mais populoso do país, com quase 20 milhões habitantes,[6] que se distribuem por 853 municípios, sendo a unidade da federação brasileira com o maior número de municípios. Os municípios mineiros representam 51,2% dos existentes na região Sudeste e 15,5% dos existentes no Brasil. O estado possui 13.175.268[17] eleitores, o segundo maior colégio eleitoral do país, superado apenas por São Paulo.
Como todos os demais estados da região Sudeste do Brasil, Minas Gerais apresenta alta taxa de urbanização, que se acelerou em um crescimento explosivo entre os anos 1960 e 1980. Esse fenômeno causou distorções com relação ao acesso universal à infraestrutura urbana. As regiões mais densamente povoadas são a Metalúrgica (Central), Campo das Vertentes, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Zona da Mata e Sul. As menores taxas de ocupação populacional encontram-se no Norte do estado.
A forte religiosidade católica dos colonos portugueses ainda predomina entre a população mineira, que tem uma das maiores porcentagens de seguidores do catolicismo no Brasil. As religiões evangélicas estão em forte crescimento, ao lado de minorias como ateus e espíritas. De acordo com dados obtidos durante o censo de 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população mineira era composta por 78,70% de católicos, 13,61% de protestantes, 4,60%sem religião e 1,59% de espíritas.[18]
A capital do estado de Minas Gerais é Belo Horizonte, concebida e planejada para substituir a colonial Ouro Preto ao final do século XIX, então saturada e esgotada em sua capacidade de infra-estrutura para sediar o governo. Dentre os inúmeros fatores que pesaram na criação de Belo Horizonte, a localização privilegiada foi determinante, por estar a capital quase centralizada no estado. Sua construção foi marcada pela formulação de planejamento urbano específico, espelhado no exemplo de Boston (Estados Unidos). Foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 com o nome de Cidade de Minas.
Belo Horizonte é também o município mais populoso do estado, com pouco mais de 2,4 milhões de habitantes, e outras 3 com mais de meio milhão de habitantes,Uberlândia, a segunda do estado com mais de 604 mil habitantes no Triângulo Mineiro, Contagem com mais de 603 mil habitantes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Juiz de Fora, com 517 mil habitantes na Zona da Mata.[6] Em relação às demais capitais brasileiras, sua distância máxima (até Boa Vista) não passa de 3.118 km, e em relação aos municípios mineiros não vai além de 865 km (Formoso). Sua localização faz com que por meio dela ou em suas cercanias passem rodovias federais muito importantes para a interligação nacional, como as rodovias BR-040, BR-262, BR-381, dentre outras.

Subdivisões

Pelo critério do IBGE, o estado de Minas Gerais pode ser dividido geograficamente em doze mesorregiões, as quais são formadas por 66 microrregiões.
O governo estadual, entretanto, utiliza desde 1985 outra segmentação territorial para fins administrativos, dividindo Minas Gerais em Regiões de Planejamento (RP) nem sempre coincidentes com as mesorregiões do IBGE. Diferentemente da divisão em mesorregiões do IBGE, as Regiões de Planejamento são em número de dez:[38]
§  RP Noroeste de Minas: formada pela Mesorregião do Noroeste de Minas
§  RP Norte de Minas: formada pela Mesorregião do Norte de Minas
§  RP Rio Doce: formada pela Mesorregião do Vale do Rio Doce
§  RP Mata: formada pela Mesorregião da Zona da Mata
§  RP Sul de Minas: formada pela Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas e pela Microrregião de Lavras
§  RP Triângulo: formada pelas microrregiões de Frutal, Ituiutaba, Uberaba e Uberlândia
§  RP Alto Paranaíba: formada pelas microrregiões de Araxá, Patos de Minas e Patrocínio
§  RP Centro-Oeste de Minas: formada pela Mesorregião do Oeste de Minas e a Microrregião de Divinópolis
§  RP Jequitinhonha/Mucuri: formada pela Mesorregião do Vale do Mucuri e pelas microrregiões de Almenara, Araçuaí, Capelinha e Pedra Azul

Infraestrutura

[editar]
Educação

A rede de ensino no estado conta com escolas privadas e públicas em todos os níveis de ensino. O português é o idioma oficial das escolas, mas o inglês e o espanhol são parte do currículo de escola secundária oficial.
No nível superior, o estado possui 25 instituições públicas [46] respeitadas como a UFMG e a UFLA.

[editar]
Transportes

Minas Gerais é o estado brasileiro que abriga a maior quilometragem de rodovias. A malha rodoviária no estado é de 269.545 quilômetros, dos quais apenas 11.396 em rodovias federais e 21.472 em rodovias estaduais e estaduais coincidentes, correspondendo todo o restante a estradas municipais. As principais rodovias federais que cortam Minas Gerais sãoBR-040, BR-116, BR-262, BR-381, BR-050 dentre outras.[47]
Também importantes ferrovias cruzam o estado de Minas Gerais, como a Estrada de Ferro Vitória-Minas, operada pela CVRD, e as antigas Estrada de Ferro Central do Brasil, Estrada de Ferro Leopoldina e a Ferrovia do Aço, atualmente administradas pelas concessionárias MRS Logística e Ferrovia Centro Atlântica.
Minas Gerais conta com 146 aeroportos, localizados em 142 municípios. O mais importante é o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que serve à Região Metropolitana de Belo Horizonte e outras cidades próximas como Itabira eJoão Monlevade.

[editar]
Energia

A capacidade instalada de geração de energia elétrica de Minas Gerais em 2000 era de 11.435 MW, representando cerca de 17% do total do Brasil. Até 2005 mais 2.300 MW foram incorporados ao sistema energético do Estado.
A inauguração recente das usinas hidrelétricas de Irapé, Capim Branco I e Capim Branco II em 2006 ampliou essa capacidade. A Usina Hidrelétrica de Furnas localizada no sul do estado também é de grande referência no setor energético nacional.
Além da capacidade de geração instalada, Minas Gerais é importante no campo energético do Brasil pelo fato dos rios de maior potencial hidroelétrico do país nascerem no estado, inclusive os rios que abastecem a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A principal concessionária de energia elétrica do Estado - distribui eletricidade para 97% do Estado - é a Companhia Energética de Minas Gerais S/A (CEMIG), que tem como maior acionista o Governo de Minas Gerais. A área de concessão da CEMIG compreende 774 das 853 municipalidades mineiras. Estão interligados ao seu sistema 5.415 localidades e 5,3 milhões de usuários. A rede de distribuição da Companhia é a maior da América Latina, estendendo-se por mais de 315.000 quilômetros. A CEMIG possui ações de várias outras empresas de energia espalhadas pelo Brasil, dentre elas a Light, do Rio de Janeiro, e suas ações são negociadas em São Paulo e Nova Iorque.
Os demais 79 municípios do Estado são atendidos por outras quatro concessionárias, sendo a maior delas a Energisa, qua atende a 67 municípios da Zona da Mata do estado.

[editar]
Cultura

Arquitetura e artes

Um dos mais importantes acervos artísticos e arquitetônicos do Brasil colonial está abrigado nas cidades mineiras, destacando-se Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Congonhas, Tiradentes, Sabará e São João del-Rei.
O arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho, é o nome mais importante do barroco mineiro, tanto por esculturas avulsas quanto por realizações de maior vulto, como os profetas em pedra sabão e os passos da Paixão em Congonhas e a concepção arquitetônica de igrejas como a de São Francisco de Assis em Ouro Preto. Suas obras estão presentes em diversas cidades da região do ouro.
Também no século XVIII, o pintor Manuel da Costa Ataíde destacou-se pela ornamentação em estilo rococó de forros das igrejas da região do ouro. Sua obra mais importante é a pintura em perspectiva Glorificação da Virgem, na igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto.E também as artes são demais.
Minas Gerais é um dos estados com maior número de museus do país, dedicados não apenas à história mineira, mas também às artes e às ciências. Destacam-se oMuseu Mariano Procópio, o primeiro fundado no estado, Museu da Inconfidência, com importante acervo do século XVIII, Museu de Arte da Pampulha, Museu do Escravoem Belo Vale, o único museu dedicado à cultura negra no Brasil, Museu de Arte Sacra, em Mariana, com um dos maiores acervos do país, Museu da Música de Mariana, com acervo de documentos musicais sacros e profanos dos séculos XVIII ao XX e o Centro Cultural Amilcar de Castro, em Paraisópolis.[48]

Artes cênicas

Desde o final dos anos 1970 até os dias atuais, Minas Gerais passou a se destacar na cultura nacional através da formação de diferentes grupos teatrais, de dança e de teatro de bonecos. No cenário da dança, ganharam grande projeção o Grupo Corpo, que todos os anos excurssiona a sua temporada por diferentes países, a Cia de Dança do Palácio das Artes e o 1º Ato, além de ser berço de importantes grupo de danças árabes, nas cidades de Belo Horizonte e Uberaba, ambos com projeção nacional. Grupos de teatro como o Grupo Galpão e o Espanca! também são referências do teatro nacional, além do Grupo Giramundo e Armatrux, estes atuam no teatro de bonecos.
Regularmente, acontece em Belo Horizonte grandes eventos que têm o objetivo de difundir as artes-cênicas produzidas no estado, bem como trazer grandes atrações para apresentações nos palcos locais. Dessa forma destacam-se a "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança", o "Festiva Mundial de Circo", "FID - Fórum Internacional da Dança", "FIT - Festival Internacional de Teatro", "FAN - Festival de Arte Negra" e o "Verão Arte-Contemporânea".

Literatura

A literatura floresce em Minas Gerais já na época do ouro, através principalmente de poetas árcades como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa.
Modernamente, Minas Gerais deu sua contribuição à literatura brasileira através de escritores famosos, dentre eles Autran Dourado, autor de Uma Vida em Segredo; João Guimarães Rosa, autor de clássicos comoGrande Sertão: Veredas e Sagarana; Fernando Sabino, autor de O Encontro Marcado e o O Grande Mentecapto; Carlos Drummond de Andrade, um dos principais nomes do modernismo brasileiro; Adélia Prado, autora de O coração disparado e O homem da mão seca; Murilo Rubião, autor de contos fantásticos, como O Pirotécnico Zacarias e O Ex-Mágico; Rubem Fonseca, autor de Agosto, Bufo & Spalanzani; Ziraldo, humorista e criador do Menino Maluquinho; Pedro Nava, autor de Baú de Ossos, Chão de Ferro, Beira-mar; Murilo Mendes, poeta e autor de importantes obras do modernismo no país; Darcy Ribeiro, autor de romances como Maíra, Migo e de diversas obras voltadas à Educação, Antropologia e Etnologia; Roberto Drummond, autor de Hilda Furacão, O Cheiro de Deus, Hitler manda lembranças; Mário Palmério, autor deVila dos Confins e Chapadão do Bugre; Maxs Portes, autor de coleções infantis; Luiz Ruffato, autor de Eles eram muitos cavalos, As máscaras singulares, (os sobreviventes); Stella Libânio, autora de Fogão de lenha, Quentes e frios; Zuenir Ventura, autora de 1968: o Ano que Não Terminou,; Frei Beto, autor de Hotel Brasil, Entre todos os homens, Batismo de sangue; Fernando Morais, autor de A Ilha, 'Olga, Chatô e O Rei do Brasil; Fernando Gabeira, autor de O Que É Isso, Companheiro?, Affonso Romano de Sant'Anna, autor de A grande fala do índio guarani, O Canibalismo Amoroso, Agosto 1991: Estávamos em Moscou;Afonso Arinos de Melo Franco, autor de Pelo sertão, Lendas e Tradições Brasileiras; Afonso Arinos de Melo Franco (sobrinho), autor de O índio brasileiro e a Revolução Francesa, História das ideias políticas no Brasil; Paulo Mendes Campos, poeta; Mário Prata, autor de Sem lenço, sem documento, Estúpido cupido, entre outros; Abgar Renault, escreveu Sonetos antigos, A lápide sob a lua, Sofotulafai e A outra face da lua; Ruy Castro, autor de Chega de Saudade, O Anjo Pornográfico, Estrela Solitária, além de outras importantes biografias e adaptações de obras estrangeiras.

Música

Minas Gerais tem uma rica tradição musical. No século XVIII se destaca a obra barroca de Lobo de Mesquita. A partir do século XIX, as bandas de música se desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos de identidade cultural do Estado. Na primeira metade do século XX se destacam o samba, o chorinho e as marchinhas com os compositores Ary Barroso, Ataulfo Alves e Rômulo Pais.
Nos anos 1970, surge em Belo Horizonte o movimento Clube da Esquina, cujas maiores influências eram a bossa nova, Beatles. Também nessa época, Clara Nunes firma-se como intérprete de grande sucesso principalmente de samba, Nelson Ned com sua potência vocal se torna o maior brasileiro vendedor de discos no mercado estadunidense.
Nos anos 1980, a banda de heavy metal Sepultura tornou-se a primeira banda brasileira a fazer sucesso no exterior, a banda de heavy metal Sarcófago foi uma das mais influentes bandas de Black Metalmundial, compositores como Celso Adolfo ocorre também uma revalorização da cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com Tadeu Franco Paulinho Pedra Azul, Saulo Laranjeira e Rubinho do Vale. A banda instrumental Uakti liderada pelo intrumentista Marco Antônio Guimarães, inovam ao fabricar seus próprios instrumentos, encantam o mundo todo.
Nos anos 1990, surgiram diversas bandas de pop rock em Minas, como Skank, Jota Quest, Oddie, Pato Fu e Tianastácia. E também na MPB como Beto Guedes, Lô Borges, Fernando Brant, Wagner Tiso,Milton Nascimento. O estado também é conhecido por cativar públicos específicos e fiéis como o da música eletrônica e do Rock Progressivo. Esse último gênero ficou marcado pela criação de bandas que se tornaram expoentes nacionais na década de 1970 e 80, como o Sagrado Coração da Terra, de Marcus Viana, O Terço e 14 Bis de Flávio Venturini.

Cinema

Os nomes de Humberto Mauro e João Carriço se destacam na história do cinema mineiro, sendo pioneiros do cinema nacional. Humberto Mauro inicia suas primeiras filmagens em 1925, fundando a Phebo Sul América. Após suas primeiras filmagens em Cataguases, vai em 1929 trabalhar no Rio de Janeiro. Seu contemporâneo João Carriço, com o lema "Cinema para o povo", lançou a Carriço Filmes, em Juiz de Fora, produzindo cinejornais e documentários no início do século XX. Fundou em 1927 o Cine Teatro Popular, com 500 lugares, com exibições a preços populares.[49]
No período do Cinema Novo e do Cinema Marginal, desponta o nome de Carlos Alberto Prates Correia, um dos principais realizadores da história do estado, autor de filmes evocadores da paisagem, da cultura e do povo mineiro, como os inventivos Perdida, Cabaret Mineiro, Noites do Sertão e Minas Texas. Recentemente, dirigiu Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, um balanço da trajetória do cinema mineiro, de Humberto Mauro ao período da ditadura militar.
Sem ainda deixar de citar Grande Otelo, no cinema contemporâneo se destacam os cineastas Cao Guimarães produtor de curtas premiados no mundo inteiro e Helvécio Ratton, diretor de entre outros filmes Menino Maluquinho, Uma Onda no Ar, Batismo de Sangue e Pequenas Histórias; E o premiado ator Selton Mello após atuar em filmes como: Lavoura Arcaica, O Que É Isso, Companheiro?, Guerra de Canudos, O Auto da Compadecida, O Cheiro do Ralo, Meu Nome Não é Johnny e, Os Desafinados; Em 2008, estreou como diretor com o filme Feliz Natal.

Folclore

A religiosidade tem influência marcante nas principais manifestações culturais do povo mineiro, principalmente nas festas folclóricas. Além das tradicionais festas juninas e da folia de reis, destacam-se a Festa do Divino, o congado e a cavalhada.

[editar]
Artesanato

O artesanato está presente em diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em pedra-sabão, cerâmica, madeira e fibras vegetais. De Diamantina são famosos os tapetes arraiolos, de Tiradentes destacam-se os objetos em prata, e da região do Vale do Jequitinhonha as peças em madeira e principalmente cerâmica.

[editar]
Culinária

Na cozinha mineira a carne de porco é muito presente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha de porco e o leitão a pururuca. Também são apreciados a vaca atolada, o feijão tropeiro com torresmo, linguiça e couve, o frango ao molho pardo com angu de fubá e o frango com quiabo ensopado e arroz com pequi. São famosos os doces mineiros, especialmente o doce de leite, como o produzido em Viçosa, a goiabada, a ambrosia. O pão-de-queijo é uma das principais referências da cozinha mineira.[50]

Esportes

§  No futebol Minas Gerais tem equipes de importância para o esporte, em âmbito estadual, o Boa, o Ipatinga, Tupi e o Uberlândia, além dos campeões nacionais Atlético Mineiro, Cruzeiro, América-MG e o Villa Nova Atlético Clube.
§  O Estádio Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte, com capacidade para 75.000 pessoas.
§  O Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, com capacidade para 50.000 pessoas.
§  O Estádio Helenão, em Juiz de Fora, com capacidade para 40.000 pessoas.
§  Há pelo menos quatro grandes ginásios em Minas Gerais: o Mineirinho, a Arena da Rua da Bahia (de propriedade do MTC), a Arena Sabiazinho, em Uberlândia e o Ginásio Divino Braga, em Betim.
§  O Minas Tênis Clube, com sede em BH, tem times competitivos em vôlei, basquete, futsal e abrange grande número de nadadores.
§  O time de Basquete do Colégio Arnaldo em Belo Horizonte é campeão nacional intercolegial e representou o Brasil no mundial da Turquia em 2009.
§  Minas como outros estados do país também tem times para prática do Rugby como o BH Rugby(Belo Horizonte), Varginha Rugby, UFLA Rugby Team, e o CBRF(Campo Belo Rugby Football).

Ligações externas

§  IBGE. Contas Regionais do Brasil 2004-2008 : Tabela 1 - Conta de produção por operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2004-2008. Acessado em 17 de novembro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário